Ir. Tadeu obl-osb
Este
salmo nos motiva a adentrarmos com júbilo e coragem na realidade já palpável
que é a Reforma de nossa Igreja Matriz. É alegria da partilha dos dons, da
oferta generosa, da participação na vida sacramental, do encontro fraterno, da
constante intercessão e do milagre do Pão repartido, que vão nos tornando mais
irmãos, mais comum-união.
A
cada Culto Dominical, somos levados a uma reflexão, sobre a alegria de
participarmos fervorosamente do encontro com o Cristo que se dá através da
Liturgia da Palavra e da Liturgia Eucarística. Norteamos nossa mente, nossa
audição, nosso coração e todo o nosso corpo ao grande SHEMÁ; a escuta dos
grandes mistérios sagrados, os quais nos levam a uma tomada de consciência, a
participação verdadeira e coerente no comprometimento de edificarmos a casa do
Senhor. A edificação no sentido mais amplo, de que somos responsáveis por este
Templo Sagrado, que trás em suas entranhas a história de um povo totalmente
devotado a Virgem Maria.
Hoje
vivemos uma realidade pós-conciliar: “VERSUS POPULIS” (de frente para o povo).
Toda a ação litúrgica incorpora nossa vida. Deus se deixa encontrar por nós e
vem a nós! Somos guardiões do Depósito da Fé. Cremos na Sagrada Escritura, mas
não como única fonte de salvação. Não a desmerecendo, pois sabemos que nela
está a Dei Verbum. Vamos mais além do que nossos irmãos separados que afirmam:
“sola Escritura, sola Fides, sola Gratia.''
A
Igreja é o sinal visível de Cristo, ou seja, a garantia dos bens futuros. Cremos na Palavra de Deus, pois é o
próprio Deus que se revela ao homem através das línguas, dos atos e da própria
escrita. O Verbo fala, porque Ele é a própria Palavra revelada. Cremos na Sagrada Tradição, porque é a fidedigna conservadora dos
mistérios da fé, nela se expõe e difunde-se a Palavra de Deus. Por meio da
Sagrada Tradição é que tivemos acesso a tantas riquezas reveladas por Jesus e
por seus apóstolos. Cremos no Magistério,
pois é aquele que tem a grande capacidade de interpretar a Palavra de Deus,
seja ela escrita ou transmitida pelos apóstolos. Toda autoridade que este Magistério
exerce, é dada por Jesus Cristo, aos Bispos em comunhão com o sucessor de
Pedro. E esta riqueza ninguém pode nos tirar ou vetar. E assim como Santo
Agostinho queremos também nós afirmar: “Eu não creio nos evangelhos se a isso
não me levasse à fé da Igreja.”
Deus
lhe pague por todo bem que estás realizando nesta Santa Reforma!
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