quarta-feira, 5 de dezembro de 2012

Que alegria quando me disseram: “Vamos à casa de Iahweh!” (Sl 122, 1)

A Igreja é o sinal visível de Cristo, ou seja, a garantia dos bens futuros
Ir. Tadeu obl-osb

Este salmo nos motiva a adentrarmos com júbilo e coragem na realidade já palpável que é a Reforma de nossa Igreja Matriz. É alegria da partilha dos dons, da oferta generosa, da participação na vida sacramental, do encontro fraterno, da constante intercessão e do milagre do Pão repartido, que vão nos tornando mais irmãos, mais comum-união.

A cada Culto Dominical, somos levados a uma reflexão, sobre a alegria de participarmos fervorosamente do encontro com o Cristo que se dá através da Liturgia da Palavra e da Liturgia Eucarística. Norteamos nossa mente, nossa audição, nosso coração e todo o nosso corpo ao grande SHEMÁ; a escuta dos grandes mistérios sagrados, os quais nos levam a uma tomada de consciência, a participação verdadeira e coerente no comprometimento de edificarmos a casa do Senhor. A edificação no sentido mais amplo, de que somos responsáveis por este Templo Sagrado, que trás em suas entranhas a história de um povo totalmente devotado a Virgem Maria.

Hoje vivemos uma realidade pós-conciliar: “VERSUS POPULIS” (de frente para o povo). Toda a ação litúrgica incorpora nossa vida. Deus se deixa encontrar por nós e vem a nós! Somos guardiões do Depósito da Fé. Cremos na Sagrada Escritura, mas não como única fonte de salvação. Não a desmerecendo, pois sabemos que nela está a Dei Verbum. Vamos mais além do que nossos irmãos separados que afirmam: “sola Escritura, sola Fides, sola Gratia.''

A Igreja é o sinal visível de Cristo, ou seja, a garantia dos bens futuros. Cremos na Palavra de Deus, pois é o próprio Deus que se revela ao homem através das línguas, dos atos e da própria escrita. O Verbo fala, porque Ele é a própria Palavra revelada. Cremos na Sagrada Tradição, porque é a fidedigna conservadora dos mistérios da fé, nela se expõe e difunde-se a Palavra de Deus. Por meio da Sagrada Tradição é que tivemos acesso a tantas riquezas reveladas por Jesus e por seus apóstolos. Cremos no Magistério, pois é aquele que tem a grande capacidade de interpretar a Palavra de Deus, seja ela escrita ou transmitida pelos apóstolos. Toda autoridade que este Magistério exerce, é dada por Jesus Cristo, aos Bispos em comunhão com o sucessor de Pedro. E esta riqueza ninguém pode nos tirar ou vetar. E assim como Santo Agostinho queremos também nós afirmar: “Eu não creio nos evangelhos se a isso não me levasse à fé da Igreja.”

Deus lhe pague por todo bem que estás realizando nesta Santa Reforma!

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