sexta-feira, 29 de junho de 2012

Viva Santo Antônio, São Pedro e São João

Estamos no mês de junho, tempo forte para o povo nordestino. Tempo das comidas de milho (canjica, pamonha, milho assado e cozinhado), iguarias admiradas pelo povo do Nordeste. Pois exatamente no dia 19 de março, dia de São José, planta-se o milho para no início de junho, tempo de colheita, começar os preparos da culinária junina.
Aqui também há quadrilhas, tradição muito antiga, acompanhadas de muito forró. Há fogueiras com lindas chamas, bonito mesmo de se ver. É assim que o nosso querido povo do nordeste do Brasil festeja o mês junino. De um canto a outro é só alegria, é só festa.

Mas no campo religioso algo de extraordinário também acontece. São as celebrações dedicadas a Santo Antônio, São Pedro e São João. O povo celebra, ou seja, torna célebre os dias de tais santos com tríduos, novenas e trezenas. O mesmo povo participa das celebrações da Santa Eucaristia, reza muito, pedindo a intercessão dos arautos da fé em favor de suas muitas necessidades e aflições. O povo chora e se emociona, faz longas, belas e participadas procissões, sinal visível de fé e devoção. É assim o nosso jeito de viver a fé católica no mês de junho.
Todavia, vale a pena perguntar: por que tanta festa em honra aos santos do mês de junho? Por que tanta reza? Porque assim é a fé católica. Reconhece nos santos, homens como nós, a radicalidade do seguimento a Jesus Cristo. Vê nos santos um exemplo, um modelo a ser seguido, a ser observado.
Nossa fé não é desprovida de sentido. Nossa fé, graças ao Bom Deus, não é pobre de significado e símbolos. Muito pelo contrário, há, sim, na fé Católica, uma riqueza que a gente percebe no jeito de celebrar, no modo como nos voltamos para os santos, homens que enveredaram pelos caminhos de Jesus, o Cristo.
Olhemos, por exemplo, para Santo Antônio, um jovem como tantos jovens que temos hoje, mas com um diferencial, apaixonado sensivelmente pelo Senhor, ou melhor, pelo anúncio da Boa Nova, por isso chamado de Trombeta do Evangelho.
Olhemos, por exemplo, para São João Batista, o do carneirinho, homem simples, homem rude, mas que foi à frente para preparar os caminhos do Messias. Anunciando um tempo de graça, um tempo novo, o tempo de Deus, da concretização do projeto divino.
Olhemos, por fim, para São Pedro, o simples pescador, sem muitos talentos intelectuais, uma figura, aos olhos dos grandes e sábios deste mundo, pouco notável, mas que aderiu ao Mestre com todo o vigor de sua força, de sua vida.
Pronto. É por isso que festejamos Santo Antônio, São Pedro e São João. É por isso que cheios de alegria, fé e convicção louvamos a Deus por tão nobres e notáveis santos, homens da fé, homens cheios de fé em Jesus Cristo, nosso Deus e Senhor.
Portanto: viva Santo Antônio, São Pedro e São João.
Pe. Valmir Galdino

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